Faleceu no dia 19 do corrente, em Milão,
Itália, o filosofo, escritor, linguista, semiólogo e bibliófilo Umberto Eco.
Ele nasceu em Alexandria, Itália no dia 05
de janeiro de 1932, formou-se em filosofia em 1954 pela Universidade de Turim.
Sua formação diz muito: discípulo do grande filosofo antifascista Luigi
Pareyson , defendeu uma tese de estudos sobre Thomas de Aquino, que seria
publicado dois anos mais tarde sobre o nome de O problema Estético em Thomas de
Aquino [1].
Segundo Antônio Gonçalves[2] foi
com o estudo dos contemporâneos que seu nome começou a ser conhecido no Brasil,
a partir da publicação de Obra Aberta (1962), livro original e desestabilizador
aqui publicado pela editora Perspectiva. Nele, Eco populariza o conceito de
“obra aberta”, segundo o qual uma obra de arte conduz à expansão do repertorio
semântico e a infinitos jogos semióticos, numa espécie de espiral borgiana.
Borges, alias, é uma das afinidades eletivas de Eco.
O texto de Umberto Eco “mais popular” foi
o romance policial medievalesco O nome da rosa que, alias, foi filmado e ai
sim, ficou conhecido. Escreveu ainda: Historia da Beleza e Historia da feiura .
Sete frases de Umberto Eco, citadas pelo O
Estado de São Paulo (19/02/2016)
“Existe apenas uma coisa que excita mais
os animais do que o prazer: a dor”
“Nem todas as verdades são para todos os
ouvidos”
“As pessoas nascem sempre sob o signo
errado, e estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horoscopo”
“Alguém que é feliz a vida toda é um
cretino. Por isso, antes de ser feliz, prefiro ser inquieto”
“O mundo está cheio de livros fantásticos que
ninguém le”
“A arte só oferece alternativas a quem não
esta prisioneiro dos meios de comunicação de massas”
“Temei os profetas e aqueles que estão
dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros
juntamente com eles, frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles”
Digitou esse texto Ricardo Rodrigues de
Oliveira, enfermeiro cuidador do autor.
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