Os alunos no estágio, não
se podem chamar por apelido e, sim, pelo nome próprio. Sempre, porém há algumas
falhas. Foi o que aconteceu, outro dia, no estágio de pediatria. Havia crianças
de todas as idades. Rostos de mães, com diferentes expressões: rostos
revoltados (“Até quando meu Deus, a gente tem que aguentar uma situação como
esta? A gente passa um dia, aqui e não resolve nada?”); rostos preocupados, apreensivos
(“Tenho mais crianças em casa, o que será deles?”. Tenho de fazer o jantar,
tenho de lavar roupa, tenho de dar banho nas crianças...”); rostos resignados (“É
assim mesmo; a gente não pode fazer nada; nóis não têm a quem recorrer”. “Pobre
é assim mesmo, tem de sofrer pra sobreviver; quem não quer morre, morre antes
da hora”).
Uma estudante de
enfermagem, precisando da ajuda do colega, que estava se dirigindo para a porta
de saída, grita:
- Tothó, por favor me
ajuda aqui!
Um menino de 5 anos, que
tudo observava, se segurando com a mão esquerda no vestido da mãe, mostrando
com o indicador direito, fala bem alto:
- Mãe, aquele moço tem
nome de cachorro!
Eis, então, os rostos
preocupados, apreensivos e resignados se abriram num só riso...!
PS.: o moço apelidado de
Tothó é o enfermeiro Vinicius Maniezo Garcia, que digita esta crônica!
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